Vínculo entre Uber e motoristas: julgamento no Supremo já tem maioria formada sobre repercussão geral do caso

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria sobre a repercussão geral a ser dada ao caso de vínculo empregatício entre o aplicativo Uber e seus motoristas, em análise pela Corte. Isso significa que o resultado da ação terá que ser seguido por todos os Tribunais do país que julgam ou vierem a julgar casos semelhantes.

Cinco ministros já acompanharam o relator, Edson Fachin, pelo reconhecimento da repercussão: Flávio Dino, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e André Mendonça. O julgamento ocorre em plenário virtual e está programado para terminar na sexta sexta-feira.

Em seu voto, Fachin afirmou que cabe ao STF “conceder uma resposta uniformizadora e efetiva à sociedade brasileira acerca da compatibilidade do vínculo empregatício entre motoristas de aplicativo e a empresa”. O ministro ressaltou “decisões divergentes” sobre o tema, o que estaria criando uma “inegável insegurança jurídica”.

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Tema polêmico

O relator ainda disse que o tema é um dos “mais incandescentes na atual conjuntura trabalhista-constitucional” e afirmou que é preciso conciliar os direitos trabalhistas e os interesses econômicos, tanto dos trabalhadores quanto das empresas.

Nos últimos meses, os ministros do STF têm atuado para estabelecer uma jurisprudência nas regras de vínculo envolvendo trabalhadores de aplicativos. Outro caso, envolvendo a Rappi, de entregas, chegou a entrar na pauta do plenário da Corte no início do mês, mas não foi analisado. Esse caso era específico, valendo apenas para um trabalhador, mas poderia servir de orientação para demais situações.

Agora, esse processo pode ser julgado em conjunto ou depois do processo envolvendo a Uber. Isso porque uma decisão de repercussão geral, com a fixação de uma tese para ser seguida em casos semelhantes, tem mais força do que a análise de um caso específico.

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