Alessandro Valim

Mesmo após mobilização para que ocorresse em Caxias do Sul, a cerimônia para assinatura simbólica do contrato do Porto Meridional, em Arroio do Sal, vai ser em Porto Alegre. A confirmação foi feita nesta terça-feira (15) por Rogério Rodrigues, diretor-executivo do Grupo Mobilização por Caxias (MobiCaxias). Com isso, a cerimônia está marcada para ocorrer na sexta-feira (18), às 12h, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).

A intenção era trazer a assinatura para a Serra, em virtude do grande apoio que empresários da região têm dado ao projeto. As dificuldades em conciliar as agendas dos ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, com mais esta agenda, influenciou na decisão. Eles estarão em Porto Alegre para a reinauguração do Aeroporto Salgado Filho.

Além disso, o papel da Fiergs em defesa do projeto também pesou na decisão. Em 27 de setembro, uma nota oficial do presidente da entidade, Claudio Bier, defendeu o projeto e ressaltou que “o novo porto é importante para diversificar a oferta de estrutura logística do Rio Grande do Sul, hoje baseado somente em Rio Grande”.

A assinatura do contrato terá caráter simbólico, já que a autorização oficial para o andamento da obra foi dada em 1º de outubro, quando foi publicado o Contrato de Adesão nº 03/2024, onde a União concedeu à empresa o direito de implantar o projeto, concluindo o processo prévio de autorização junto aos órgãos responsáveis. Os empresários da Serra têm defendido a execução do projeto, pelos benefícios logísticos que a colocação dessa estrutura em Arroio do Sal traria para os negócios da região.

O projeto do Porto Meridional tem investimento estimado em R$ 1,3 bilhão, e terá capacidade anual de movimentar cinco milhões de toneladas de carga sólida e a granel, 800 mil toneladas de cargas líquidas, 1,8 mil toneladas de cargas gerais e 300 contêineres. A iniciativa é liderada pela DTA Engenharia Portuária e Ambiental. As obras estão previstas para durarem 20 meses e deverão gerar mais de 2 mil empregos diretos e quase 5 mil indiretos, envolvendo setores como funções administrativas e mão de obra vinculada à construção civil.

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