Cinebiografia de Silvio Santos, com Rodrigo Faro, reconstitui sequestro do apresentador e da filha Patricia Abravanel; entenda

Rodrigo Faro é Silvio Santos no filme “Silvio”, em cartaz nos cinemas brasileiros desde 12 de setembro. O ator disse que foi por causa de Silvio, morto há um mês no dia 17 de agosto, que ele resolveu entrar para a televisão.

“Silvio”, com direção de Marcelo Antunez e com Rodrigo Faro na pele do apresentador, usa o sequestro sofrido pelo criador do SBTo e sua filha Patricia Abravanel, em 2001, como fio condutor para uma cinebiografia que promete resgatar importantes momentos da vida do apresentador e empresário.

Johnnas Oliva, Vinícius Ricci, Fellipe Castro, Marjorie Gerardi, Eduardo Reyes, Bruna Aiiso, Duda Mamberti, Lara Córdula, Adriana Londoño, Polliana Aleixo e Paulo Gorgulho completam o elenco principal da produção.

Veja o trailer de ‘Silvio’:

Ao GLOBO, o diretor Marcelo Antunez disse que “Silvio Santos foi uma figura icônica na televisão brasileira, um verdadeiro mestre da comunicação que transcendeu gerações”.

— Seu carisma, sua alegria e sua dedicação ao público criaram um legado inigualável, que permanecerá vivo no coração dos brasileiros. É com profunda tristeza que recebo a notícia de seu falecimento, especialmente sabendo que ele não terá a chance de assistir ao filme que foi feito com tanto respeito e admiração por sua trajetória profissional. Silvio Santos sempre será lembrado como um exemplo de perseverança e talento. Que ele descanse em paz — afirmou o cineasta.

Como foi o sequestro que inspirou o filme:

Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, era uma estudante de administração de empresas de 23 anos quando foi sequestrada em agosto de 2001, na mansão onde a família morava, no bairro do Morumbi. Na época, a polícia de São Paulo iniciou uma das maiores operações de busca para capturar a quadrilha.

Patrícia foi libertada na madrugada do dia 28, na Marginal Pinheiros, após o pagamento de um resgate de R$ 500 mil. Pai e filha chegaram a conceder uma entrevista coletiva na sacada da mansão, na tarde seguinte.

No mesmo dia, a polícia da capital prendeu dois dos sequestradores, Marcelo Batista Santos e Esdras Dutra Pinto. Irmão de Esdras, Fernando Dutra Pinto, e uma namorada, conhecida como Jenifer, conseguiram fugir com o dinheiro do resgate. Mais tarde, Fernando foi descoberto em um hotel de Alphaville, no município de Barueri, e matou a tiros dois policiais, conseguindo fugir.

A maior reviravolta no caso aconteceu no dia 30 de agosto, quando Fernando Dutra Pinto invadiu novamente a mansão de Silvio Santos, desta vez fazendo o apresentador como refém. Em depoimento posterior, o sequestrador disse ter dormido em um terreno próximo à mansão e que voltou ao local para pedir ajuda do apresentador, achando que seria morto pela polícia.

Fernando exigiu um helicóptero para a fuga e não queria negociar com a polícia. Mais tarde, ele concordou em liberar Íris Abravanel, mulher do apresentador, as filhas e os funcionários da casa, ficando apenas com Silvio Santos em seu poder.

Logo, equipes de reportagem de todas as emissoras chegaram ao local, e todo o país acompanhou ao vivo pela TV as negociações das autoridades com o sequestrador. Depois de quase oito horas de negociação, Fernando concordou em se entregar, com a chegada do então governador Geraldo Alckmin, que garantiu a integridade física do prisioneiro. Fernando Dutra Pinto morreu numa penitenciária de São Paulo, em janeiro de 2002, por parada cardiorrespiratória decorrente de uma pneumonia bacteriana.

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