Jocimar Farina

Dois projetos de novas pontes para ligar o Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina receberam avais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A autarquia informou que as intervenções, que se encontram em estágios diferentes, terão prosseguimento.

Um dos projetos pretende criar uma travessia entre Porto Xavier e San Javier, na Argentina. O outro criará uma segunda ligação entre Jaguarão e a cidade uruguaia de Rio Branco.

Argentina

A contratação da empresa que irá realizar o projeto e construir a nova ponte pela BR-472 vai ser lançada até o próximo dia 18. A garantia foi dada pelo diretor-geral do Dnit, Fabrício Galvão, ao senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) na quarta-feira (4).

Em outubro de 2022, a empresa Coesa – antiga OAS -, havia sido contratada para realizar a obra. Porém a construtora não conseguiu executar o serviço por problemas financeiros.

Neste contrato, a projeção de investimento era de R$ 220 milhões e os serviços deveriam ser executados em dois anos e meio. Atualmente, a travessia entre as duas cidades é feita atualmente por balsa.

Uruguai

Já o projeto para construção de uma nova ponte para ligar o Rio Grande do Sul e o Uruguai pela BR-116 vai poder ser iniciado. O Dnit deu autorização para que o consórcio responsável inicie os trabalhos.

A confecção dos projetos e realização das obras deverão ocorrer dentro de três anos e meio. A nova travessia irá criar uma segunda ligação entre a cidade gaúcha de Jaguarão com a uruguaia Rio Branco em um novo ponto, mais a oeste da atual.

A nova ponte terá 419 metros e mais 12,7 quilômetros de acessos. Com a construção da segunda travessia, o trânsito pesado da Barão de Mauá poderá ser desviado para ela.

Pelo serviço, o consórcio formado pelas empresas Cidade, Planaterra e Única irá receber R$ 211 milhões.

As cidades gaúcha de Jaguarão e a uruguaia Rio Branco já são ligadas pela ponte Barão de Mauá, inaugurada em 1930 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Porém, a estrutura não dá mais conta do fluxo de veículos e mercadorias.

Prometida há 16 anos

A obra já havia sido discutido por Lula durante o seu segundo mandato. Em 2007, ele assinou um acordo com o então presidente uruguaio Tabaré Vasquez. Em janeiro de 2023, a construção voltou a ser tratada, dessa vez, com presidente Luis Lacalle Pou.

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