Em agosto de 2001, o Brasil acompanhava com apreensão o sequestro de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos e uma das maiores fortunas do país. Após a notícia de que ela, então estudante de administração de empresas de 23 anos, havia sido sequestrada no dia 21, na mansão onde a família morava, no bairro do Morumbi, a polícia de São Paulo iniciou uma das maiores operações de busca para capturar a quadrilha.
Patrícia foi libertada na madrugada do dia 28, na Marginal Pinheiros, após o pagamento de um resgate de R$ 500 mil. Pai e filha chegaram a conceder uma entrevista coletiva na sacada da mansão, na tarde seguinte.
Silvio Santos morreu neste sábado. Ele tinha 93 anos e deixa a mulher, Íris Abravanel, e as filhas Patrícia, Rebeca, Silvia, Cintia, Daniela e Renata, além de 13 netos.
No mesmo dia, a polícia da capital prendeu dois dos sequestradores, Marcelo Batista Santos e Esdras Dutra Pinto. Irmão de Esdras, Fernando Dutra Pinto, e uma namorada, conhecida como Jenifer, conseguiram fugir com o dinheiro do resgate. Mais tarde, Fernando foi descoberto em um hotel de Alphaville, no município de Barueri, e matou a tiros dois policiais, conseguindo fugir.
Reviravolta impressionante no caso
A maior reviravolta no caso aconteceu no dia 30 de agosto, quando Fernando Dutra Pinto invadiu novamente a mansão de Silvio Santos, desta vez fazendo o apresentador como refém. Em depoimento posterior, o sequestrador disse ter dormido em um terreno próximo à mansão e que voltou ao local para pedir ajuda do apresentador, achando que seria morto pela polícia.
Fernando exigiu um helicóptero para a fuga e não queria negociar com a polícia. Mais tarde, ele concordou em liberar Íris Abravanel, mulher do apresentador, as filhas e os funcionários da casa, ficando apenas com Silvio Santos em seu poder.
Logo, equipes de reportagem de todas as emissoras chegaram ao local, e todo o país acompanhou ao vivo pela TV as negociações das autoridades com o sequestrador. Depois de quase oito horas de negociação, Fernando concordou em se entregar, com a chegada do então governador Geraldo Alckmin, que garantiu a integridade física do prisioneiro. Fernando Dutra Pinto morreu numa penitenciária de São Paulo, em janeiro de 2002, por parada cardiorrespiratória decorrente de uma pneumonia bacteriana.
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