15 minutos foi o limite para que o consultor de projeto Victor Barrios fosse descartado de uma proposta de emprego. Segundo o profissional, que publicou um desabafo no Linkedin, uma recrutadora o retirou da seleção de trabalho porque ele não respondeu a mensagem no WhatsApp rapidamente. A empresa, segundo o relato de Victor, buscava pessoas “com perfil proativo e senso de urgência”.
No relato publicado na rede social profissional, Victor expõe o print da conversa no Whatsapp. A mensagem tratava-se de um convite para seleção na vaga de gestão de projetos. O profissional, que respondeu a notificação uma hora após o recebimento, não recebeu resposta. Uma semana depois, enviou outra mensagem questionando sobre o processo seletivo, e foi informado pela empresa que outros perfis de candidato foram selecionados para a posição.
Victor perguntou o motivo da desistência. A empresa, então, informou que foram selecionados apenas candidatos que responderam em até 15 minutos após o envio da mensagem. “Estamos buscando perfis proativos e com senso de urgência”, diz a mensagem.
“Não sei bem o que pensar, mas preferi parar a conversa após esse “feedback”. Eu poderia me justificar, tentar explicar que eu estava estudando quando recebi a mensagem e que todo dia reservo algumas horas para estudar e, durante esse período, realmente não fico com o celular por perto, mas fiquei tão indignado que deixei para lá”, escreveu o profissional no Linkedin.
Victor Barrios perdeu oportundiade de emprego por não ter respondido a mensagem em 15 minutos
O desabafo de Victor Barrios viralizou e, até às 00h23 desta quarta-feira (10/7), acumula 12.020 reações e 2.425 comentários. Boa parte das manifestações de outros perfil na rede profissional manifestou solidariedade ao consultor do projetos e relatou ter vivido experiências semelhantes ao do rapaz.
“Passei por algo parecido esses dias. Recebi uma mensagem para fazer uma entrevista e porque eu estava ocupada e não pude responder na hora, o cara “me descartou” do processo seletivo”, escreveu uma recepcionista.
Um analista de inspeção e qualidade palpitou ter sido melhor para Victor Barrios não trabalhar em uma empresa que exige resposta em 15 minutos. “Ainda bem que não te chamaram, porque trabalhar em um local que não pode esperar mais de 15 minutos para responder, provavelmente você trabalharia mais”, escreveu.
“Estar open to work é muito frustrante, seja pela falta de retorno dos processos seletivos ou pelos retornos absurdos..
Sexta-feira passada recebi uma mensagem perguntando se eu tinha interesse para uma “vaga de PMO” nenhuma informação adicional, nada de descrição de atividades, requisitos para a vaga, salário ou benefícios, apenas o convite para participar do processo seletivo. Solicitei maiores informações e não obtive mais respostas, então ontem resolvi mandar outra mensagem e foi quando eu descobri que não sou qualificado para a posição, pois eu não respondi rápido o suficiente. Esse foi o retorno que eu obtive, mesmo sem ninguém se quer solicitar meu currículo ou conversar comigo, decidiram que eu não sou pró-ativo e que não tenho senso de urgência, afinal demorei 1 hora para responder a mensagem.
Não sei bem o que pensar, mas preferi parar a conversa após esse “feedback”. Eu poderia me justificar, tentar explicar que eu estava estudando quando recebi a mensagem e que todo dia reservo algumas horas para estudar e, durante esse período, realmente não fico com o celular por perto, mas fiquei tão indignado que deixei para lá.
Recrutadores, não é pelo tempo de resposta de uma mensagem que você avalia as qualificações de um candidato para uma vaga, mesmo estando open to work não deixamos de ter responsabilidades e obrigações que nos impedem de ficar 24 horas por dia com o celular na mão para responder prontamente uma mensagem.”
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