Projetos econômicos ganham fachada ativa

As chamadas fachadas ativas, que preveem lojas no térreo dos edifícios, invadiram os projetos populares. A proposta é oferecer conforto e praticidade não só para os moradores como também para as pessoas que circulam no entorno dos edifícios. Os exemplos estão em empreendimentos das zonas Norte e Leste, do Centro e da Baixada Fluminense.

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A CTV Construtora pretende lançar em junho o Sal, residencial localizado em um dos redutos mais antigos da cidade, a boêmia Pedra do Sal, no bairro da Saúde. O projeto prevê seis lojas no térreo, com áreas entre 44 e 102 metros quadrados.

Depois do Match Residencial, na Vila da Penha, e do Nobel, em Irajá, o Sal é o terceiro condomínio da empresa com fachada ativa. Serão 190 unidades, entre estúdios e apartamentos de sala e quarto, com foco em pequenos investidores. Os imóveis custam a partir de R$ 189 mil.

— A decisão de implementar lojas no térreo leva em conta a localização, o fluxo de pessoas e se há apelo comercial na região. Além de a fachada ficar mais bonita, é conveniente para os moradores e reduz a taxa de condomínio, pois as lojas também entram no rateio. Para a construtora, é uma forma de viabilizar financeiramente o projeto, com mais unidades à venda — explica o gerente Comercial da CTV, Bruno Camargo.

O primeiro projeto da MP Construtora com fachada ativa foi o Jardim Central 2, lançado em 2019 e entregue recentemente. Depois, vieram vários outros. Só entre os empreendimentos enquadrados no Minha Casa, Minha Vida (MCMV), já são quatro, todos em São Gonçalo: além do Jardim Central 2, o Jardim Imperial 2 e o Water Park Pendotiba Resort, ambos em construção, e o Jardim Central 3, lançado há poucos meses.

— Quando falamos de um empreendimento de 300 unidades, por exemplo, sabemos que haverá uma movimentação muito grande de pessoas. Por isso, é importante que elas tenham acesso fácil ao comércio — ressalta o gerente de Marketing da empresa, Gesiel Dias.

Entre os projetos da MP, serviços como minimercado, lotérica, hortifrúti, lojas pet, farmácia e padaria são os mais comuns na fachada ativa. Segundo Dias, os clientes aceitam bem a ideia de viver em um condomínio que terá comércio e movimentação no entorno.

Os projetos da Cury na Região Portuária também terão fachadas ativas: o Rio Energy (três lojas), o Epicentro (26), o Baía (duas), o Mirante da Guanabara (uma) e o Heitor dos Prazeres, com 36 lojas. No Centro do Rio, a empresa ainda tem o Vargas 1140, com quatro lojas no térreo e acesso direto ao metrô.

— Diversificamos o tamanho das lojas para ampliar as possibilidades comerciais. O Epicentro, por exemplo, tem lojas de 45 a 147 metros quadrados, além de um espaço-âncora de mil metros quadrados. Nesse projeto, tivemos o apoio de uma consultoria especializada — comenta a diretora de Incorporação da Cury, Bruna Santini.

A construtora costuma informar no memorial do projeto algumas restrições de uso dos espaços, para evitar que os moradores sejam importunados com ruídos excessivos ou poluentes. Atividades fabris são vetadas. A prefeitura impõe também usos que são válidos de acordo com cada zona do município, através da lei de uso e ocupação do solo, explica Bruna.

O Only By Living, no Cachambi, também tem previsão de lojas no térreo. Alain Deveza, gerente geral da construtora, diz que fachadas ativas são comuns em projetos do Grupo Cyrela, que reúne as marcas Living e Vivaz.

— Já fizemos projetos com lojas pequenas, mas também com espaços de mais de dois mil metros quadrados, sempre atendendo à necessidade da região na época da construção — afirma.

Lojas no térreo chegam a Duque de Caxias

Bairro planejado Central Park terá ‘mini mall’ para atender 40 mil condôminos

“Mini mall” no Central Park, em Duque de Caxias — Foto: e Jardim, loteamento da Buriti Empreendimentos, em Duque de Caxias, foram reservados 128 lotes para uso comercial. O projeto tem um total de 958 apartamentos. — A construtora já colocou em prática esse conceito de uso misto em todos os empreendimentos que lançou nos últimos anos, em 17 estados do país. O de Duque de Caxias é nosso primeiro projeto no Rio — informa o supervisor da Região Sudeste da Buriti, Carlos Oliveira. ts Lojas no térreo chegam a Duque de Caxias Bairro planejado Central Park terá ‘mini mall’ para atender 40 mil condôminos “Mini mall” no Central Park, em Duque de Caxias

No Central Park, em Duque de Caxias, a proposta é implementar um mini mall com 67 lojas e 40 salas comerciais. O projeto prevê um bairro planejado, que deverá receber 10.080 unidades nos próximos anos. Até o momento, foram lançados três condomínios, com 480 apartamentos cada.

O lançamento do espaço comercial deve acontecer no segundo semestre deste ano, acredita a consultora de Vendas e Marketing da Riviera, Jamille Dias. Segundo ela, a empresa reservou uma área de 5,7 mil metros quadrados no terreno para unidades comerciais.

— Nos próximos projetos, esses espaços vão variar de acordo com a demanda dos moradores. Podem ser, por exemplo, lojas comerciais, posto de gasolina ou um grande mercado. No bairro planejado, prevemos cerca de 40 mil condôminos, o que vai exigir a oferta de diversos serviços para atender a população.

No Residencial Cidade Jardim, loteamento da Buriti Empreendimentos, em Duque de Caxias, foram reservados 128 lotes para uso comercial. O projeto tem um total de 958 apartamentos.

— A construtora já colocou em prática esse conceito de uso misto em todos os empreendimentos que lançou nos últimos anos, em 17 estados do país. O de Duque de Caxias é nosso primeiro projeto no Rio — informa o supervisor da Região Sudeste da Buriti, Carlos Oliveira.

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