Os patinetes elétricos vêm se tornando uma alternativa prática e sustentável para a mobilidade urbana, especialmente em grandes cidades, além de ser uma forma de diversão. No entanto, o uso desses equipamentos exige atenção e cuidados. Há há riscos envolvidos e normas específicas que devem ser seguidas para garantir a segurança dos condutores e demais usuários das vias.
O secretário de Molidade do DF, Zeno Gonçalves, explica que os patinetes elétricos estão em fase de adaptação por 90 dias. “Estamos observando, detectando os problemas que envolvem e os riscos para, depois, desenvolver campanhas de educação, mas esperamos que as pessoas obedeçam às normas e tenham consciência, porque é um instrumento importante para a mobilidade da cidade, é um meio fácil de deslocar”, avalia.
“O dever da nossa pasta é cuidar e incentivar a mobilidade ativa das pessoas e estabelecer regras mais rígidas, e divulgar os regulamentos”, acrescenta. O chefe da pasta afirma que, em duas semanas de uso dos patinetes elétricos, o novo dispositivo superou as expectativas. “Foram 50 mil pessoas cadastradas no aplicativo e 51 mil quilômetros rodados. Acredito que, com o tempo, as pessoas vão se acostumar e aprender a lidar com eles”, completa.
Ao todo, foram disponibilizados 672 patinetes no Plano Piloto e em Águas Claras. O serviço é operado pela empresa JET e faz parte do programa Vai de Bike. A locação tem tarifas diferenciadas, conforme o horário e o dia da semana, variando de R$ 0,25 a R$ 0,90. A ativação custa R$ 1,99, de segunda a sexta, e R$ 2,99, aos sábados e domingos. O pagamento é feito digitalmente, via aplicativo, com opções de cartão de crédito e Pix.
O especialista em mobilidade urbana Pastor Willy Gonzales Taco alerta que a ausência de capacete e de outros equipamentos influenciam na segurança dos usuários. “É fundamental o uso de todos os equipamentos de segurança, além de a pessoa saber utilizar esse modo de transporte. Não é simplesmente chegar, subir e pronto. Tem que saber utilizar, tem que ter no mínimo um domínio, porque senão poderá haver problemas”, enfatiza o especialista.
As fraturas mais comuns associadas às quedas com o uso dos patinetes são as de punho, de acordo com o ortopedista Pedro Ribeiro. “Elas são as mais frequentes nesses casos, devido ao mecanismo de proteção, quando o paciente cai, ele apoia o punho”, explica. “As fraturas de ossos do antebraço também podem acontecer, a fratura de clavícula também pode ser muito encontrada, as luchações acromioclaviculares, além das fraturas de tornozelo”, elenca o médico.
O ortopedista destaca ainda que a falta de equipamentos de proteção individual aumenta muito o risco desse tipo de dano e também de lesões. Segundo ele, a depender do tratamento e da gravidade, o tempo de recuperação de uma fratura varia muito. Em média, tende a ser de oito a 12 semanas.
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) divulgou ontem regras para o uso de patinetes elétricos. A autarquia ressaltou a importância de os usuários estarem atentos às normas para garantirem a própria segurança e a dos demais usuários das vias, evitando acidentes. A circulação desses e de outros equipamentos individuais de mobilidade é regulamentada pela Resolução nº 996/2023, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Confira: