O Google optou por revisar seus programas de diversidade, equidade e inclusão. A empresa avisou a medida aos funcionários por e-mail na quarta-feira (5/2), de acordo com o jornal Wall Street Journal.
No comunicado, o Google dizia que não iria mais estabelecer metas de contratação de minorias, pois estaria avaliando os decretos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os impactos na companhia.
Ademais, a empresa afirmou que não irá mais divulgar relatórios anuais de diversidade, o que faz desde 2014. No e-mail enviado aos funcionários, o Google julga que os relatórios “não possuem tanto impacto” quanto esperado.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
“Vamos continuar investindo em Estados dos EUA e em muitos países no mundo inteiro, mas, no futuro, não teremos metas aspiracionais”, escreveu.
O balanço de diversidade de 2024 mostrava que, nos Estados Unidos, 5,7% dos funcionários são pretos e 7,5%, latinos. Quatro anos atrás, o percentual era menor: 3,7% e 5,9%, respectivamente.
Após a Suprema Corte dos EUA decidir contrariamente às ações afirmativas, Meta e Amazon encerraram seus programas de diversidade, equidade e inclusão no país.
Procurada pelo Correio, a assessoria do Google não detalhou a informação do Wall Street Journal e apenas se limitou a dizer que está comprometida em criar um local de trabalho onde “todos os nossos funcionários possam ter sucesso e oportunidades iguais”, mas que está revisando seus programas internos.
“Estamos comprometidos em criar um local de trabalho onde todos os nossos funcionários possam ter sucesso e oportunidades iguais, e, ao longo do último ano, temos revisado nossos programas criados para nos ajudar a chegar lá. Atualizamos nossa linguagem no relatório 10-k para refletir isso e, como fornecedor em nível federal, nossos times também estão avaliando as mudanças exigidas após decisões judiciais recentes e ordens executivas sobre este tópico.”