Anfavea completa 60 anos com 78 milhões de veículos fabricados

Neste domingo (15), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) completou 60 anos de atividades. A entidade representa a indústria automobilística brasileira e reúne fabricantes de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e rodoviárias.

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Quando foi fundada a entidade tinha oito associadas: Ford, General Motors, Vemag, Mercedes-Benz, Volkswagen, Willys Overland, International Harvester e Brasmotor. Na época a indústria automobilística brasileira empregava 9.800 pessoas, produzia anualmente 30.500 veículos no Brasil, comercializava quase 31 mil e não exportava nenhum.

Atualmente a associação reúne 32 associados – AGCO, Agrale, Audi, BMW, Caminhões Metro-Shacman, Caoa, Caterpillar, CNH, DAF, FCA, Ford, General Motors, Honda, HPE, Hyundai, International, Iveco, Jaguar Land Rover, John Deere, Karmann-Ghia, Komatsu, Mahindra, MAN, Mercedes-Benz, Nissan, PSA, Renault. Scania, Toyota, Valtra, Volkswagen e Volvo Caminhões.

Após seis décadas, esta mesma indústria emprega mais de 128 mil pessoas e já produziu em anos recordes mais de 3,7 milhões de unidades, comercializou número mais de 3,8 milhões e exportou quase 900 mil veículos. Ao longo dessas seis décadas, 78 milhões de veículos saíram das fábricas brasileiras e 70 milhões foram comercializados.

“Esses números demonstram não somente a grandiosidade da indústria e sua capacidade produtiva, mas também a evolução que ela trouxe para o Brasil, com geração de renda e emprego, além de oferecer produtos que viabilizam o transporte de pessoas e de cargas, que mecanizam e elevam a produtividade no campo e que transformam em realidade o sonho do livre direito de ir e vir”, afirma Antonio Megale, presidente da Anfavea.

Como parte das celebrações dos 60 anos da Anfavea, desde o início do ano a entidade publica mensalmente na Carta da Anfavea – que contém os resultados do setor de veículos e máquinas agrícolas e rodoviárias – a linha do tempo da indústria automobilística brasileira.

Pioneirismo

A história do setor automotivo no Brasil começa com a chegada dos primeiros veículos importados pela família de Santos Dumont, José do Patrocínio e Tobias de Aguiar. Pouco tempo depois, ainda no início do século 20, algumas empresas começaram a montar modelos em galpões e depósitos em São Paulo.

Aos poucos essas empresas deixaram de ser importadoras de veículos e se tornaram montadoras, com fábricas instaladas na região do ABC. Em 1952 o presidente Getúlio Vargas proibiu a importação de peças a fim de favorecer a nacionalização da produção.

Nesta mesma época o governo cria a Comissão de Desenvolvimento Industrial e instala a Subcomissão de Jipes, Tratores, Caminhões e Automóveis, com o intuito de eliminar as importações de veículos e criar um polo produtivo local, um sonho dos pioneiros do setor capitaneados pelo Almirante Lucio Meira, ainda no governo Vargas.

Surgem os primeiros projetos de construção de fábricas de veículos e em 1956 ocorre a formação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística, um natural substituto à pioneira subcomissão.

Criado pelo então presidente Juscelino Kubitscheck, tinha como missão estimular em um prazo de cinco anos a produção local de veículos com alto índice de nacionalização. Surge então a Anfavea, para representar os fabricantes junto aos órgãos públicos e à sociedade.

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