As micro e pequenas empresas também passaram a enfrentar neste ano os efeitos negativos da crise econômica. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na sexta-feira (20), houve o fechamento de 49,7 mil vagas com carteira assinada dos pequenos negócios em outubro de 2015. O mês de setembro já havia registrado o corte de 23,4 mil empregos.
O resultado do mês passado mostra uma piora significativa no desempenho das pequenas empresas, que chegaram a gerar 52,7 mil novos postos de trabalho em outubro de 2014. Os cálculos foram feitos pelo Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, os pequenos negócios precisam ter acesso ao crédito, com juros abaixo do praticado no mercado, para evitar o desemprego. Ele propõe a liberação de 20% do depósito compulsório dos bancos para o capital de giro desses empreendedores.
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Entre as pequenas empresas, o segmento que mais fechou vagas em outubro deste ano foi o da indústria de transformação, com uma queda de 19,5 mil empregos. Também ocorreu uma redução de 14 mil na construção civil e de 10,6 mil na agropecuária.
Os números dos pequenos negócios seguiram o movimento dos demais segmentos da economia brasileira. Em outubro, o resultado global do Caged foi uma diminuição de 169,1 mil de empregos formais – o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 1992. Ao longo de 2015, o Brasil já perdeu um total de 818,9 mil empregos formais.
Saldo
Apesar da tendência de queda no emprego, os pequenos empreendimentos ainda registram um saldo positivo de 65,8 mil vagas neste ano. A administração pública criou 11,8 mil novos empregos de janeiro a outubro. No mesmo período, as médias e grandes empresas tiveram 896,5 mil postos de trabalhados fechados.