Você pode querer a experiência de jantar pratos feitos por um chef sem sair de casa. Ou então ser um profissional da gastronomia que gostaria de trocar as grandes cozinhas pelo trabalho autonômo. Pensando nessas duas situações complementares, quatro empreendedores interessados por culinária resolveram criar uma plataforma que tornasse essa união mais simples.
Assim nasceu o Bloochef, inaugurado no mês passado, após um ano de desenvolvimento e com capital inicial dos próprios empreendedores. A primeira inspiração dos sócios Juliana Gonçalez, João Telles, Renata Moritz e Rafael Taube (na foto acima) foi ao conhecerem profissionais da gastronomia e sua profissão.
“Nossa ideia era criar uma plataforma que desse mais uma oportunidade de carreira. Sabemos que a vida de chef é difícil. Estando na plataforma, ele pode trabalhar como autônomo e, se ficar muito conhecido pelos clientes, pode atrair algum investidor ou ser chamado para um restaurante”, explica Taube. Já para Juliana, um dos benefícios da plataforma é que o chef pode fazer o tipo de culinária pelo qual tem paixão. “Ele expressa um pouco dele, aquilo que aprendeu em cursos e viagens. Se trabalhasse em um restaurante, teria de cozinhar o menu do local.”
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Outra vantagem citada tanto por Taube quanto por Juliana é que não há gastos extras ao utilizar a plataforma, como ocorre em restaurante: estacionamento, gorjeta e bebidas acima do preço encontrados em supermercados, por exemplo. Mesmo assim, eles ressaltam que é uma opção a mais de lazer, e não um substituto dos restaurantes.
Atualmente, apenas os quatro sócios cuidam do Bloochef, que funciona no espaço de coworking Cubo. Um dos primeiros eventos organizados pela plataforma foi justamente um happy hour no espaço, para cerca de 60 convidados. “Foi importante porque abriu os olhos de algumas empresas que buscaram parcerias para que fizéssemos eventos”, conta Juliana.
Como funciona?
Hoje, o Bloochef tem 32 chefs disponíveis, sendo que cerca de outros 60 estão em processo de análise. “Não é qualquer profissional que pode se cadastrar, não funciona como uma plataforma aberta. Há um processo de seleção pelo nosso time e, caso o chef seja aprovado, ele passa a fazer parte do Bloochef”, explica Taube.
O que mais diferencia o Bloochef da contratação usual de um personal chef é o fato de que a transação é feita de forma inteiramente online, conta Rafael.
Ao entrar na plataforma, o cliente escolhe o menu que deseja e faz uma reserva. O chef responsável pelo menu recebe esse pedido e, ao aceitar, o cliente faz o pagamento, também pelo site. Depois, é só esperar pelo dia de almoço ou jantar agendado.
Também é possível dividir a conta dentro do próprio serviço com outros usuários que também aproveitarão o menu, explica Juliana. “É como acontece em um restaurante. A gente explora essa ideia, já que sabemos que muito do nosso público é feito por jovens e eles não podem pagar um valor grande sozinhos.”
Rafael explica que o valor dos ingredientes está incluído, assim como garçons e ajudantes do chef. Caso o prato peça utensílios e panelas específicas (como uma paella, por exemplo), o profissional também irá trazer esses instrumentos.
O Bloochef atua apenas na cidade de São Paulo por enquanto, mas já recebeu pedidos de cadastro de chefs do Rio de Janeiro, Brasília e Perunambuco. “Muito provavelmente o Rio será nossa segunda cidade e ainda estamos decidindo a terceira e a quarta. Estamos mirando em grandes cidades que tenham já chefs cadastrados. Fizemos uma experiência inteiramente online também para facilitar nossa expansão”, afirma Taube.
Fonte: EXAME